A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), promoveu uma mudança administrativa que enfraquece politicamente seu vice, Ricardo Marques (Cidadania). A medida, prevista na reforma administrativa (PLC 1/25), retira do vice-prefeito a presidência dos conselhos de administração das entidades da administração indireta, transferindo essa função para os secretários municipais responsáveis por cada órgão.
A decisão gerou repercussão, especialmente porque Ricardo Marques não foi previamente comunicado sobre a alteração. Em entrevista ao radialista George Magalhães, ele afirmou que, apesar da mudança, continua comprometido com a gestão. No entanto, a ação de Emília foi interpretada como um movimento para reduzir a influência de seu vice, que foi um dos primeiros a apoiá-la na campanha eleitoral.
Após a repercussão negativa, o vereador Diego Fortunato (União) apresentou uma emenda para manter Ricardo Marques na presidência dos conselhos da Emsurb, Emurb e Funcaju. Ainda assim, o gesto inicial da prefeita sinalizou uma possível tentativa de esvaziar o papel do vice-prefeito dentro da administração municipal.
Segundo análise do site Sergipense, além do impacto político, a mudança não gera melhorias para a gestão pública. Nos bastidores, a movimentação de Emília Corrêa é vista como um possível reflexo da disputa política futura. Ricardo Marques tem interesse em concorrer a um cargo em 2026, e o enfraquecimento de sua posição pode ser uma estratégia da prefeita para limitar sua projeção eleitoral.